Equipa de Biólogos da FuturismoSetembro, tal como agosto, foi um mês excelente para a diversidade de espécies de cetáceos observadas (13 no total), mas também porque a baleia sardinheira (Balaenoptera borealis) manteve o primeiro lugar no top 5 com uma percentagem de observação ainda muito elevada, 86% por dia no mar.
Este verão, a forte presença das baleias sardinheiras merece ser assinalada, tanto em termos de quantidade como de qualidade das observações com comportamentos raramente observados nos Açores. De facto, os jovens que acompanhavam a mãe estavam muito curiosos quanto aos barcos, esquecendo-se mesmo da habitual “distância de segurança”. Também conseguimos observar estes animais em comportamento muito calmo e supostamente em repouso à superfície movendo-se a velocidade reduzida, ou em frenesim total de alimentação com outras espécies como golfinhos-pintados, várias espécies de atuns e aves marinhas. No entanto, embora ainda se observe em setembro, a frequência deste tipo de avistamentos está claramente a começar a diminuir.
Em segundo lugar vem também a espécie mais brincalhona do verão, o golfinho pintado do Atlântico (Stenella frontalis), com uma percentagem por dia que no entanto diminuiu claramente, atingindo apenas os 60%. De facto, esta espécie é principalmente observada entre meados de junho e o início de outubro nos Açores, que se juntam a outras espécies em alimentação como atuns, aves marinhas, golfinhos comuns, golfinhos roazes e por vezes outros cetáceos como as baleias sardinheiras, como já mencionado.
O golfinho roaz (Tursiops truncatus), mesmo com uma percentagem de avistamentos ligeiramente inferior à do mês anterior (67% em agosto contra 55% em setembro), subiu para o terceiro lugar no ranking. O golfinho roaz é um dos cetáceos mais conhecidos. Frequentemente observado com outras espécies de cetáceos.
O golfinho comum (Delphinus delphis), com o seu padrão único de cores cruzadas ou ampulheta, são mais fáceis de distinguir da maioria dos outros golfinhos. Em setembro estão a subir na classificação, passando do 7º lugar para o 4º lugar. De facto, outras espécies de verão estão a diminuir, tais como os golfinhos pintados do Atlântico, que começam a ser menos encontrados, e o avistamento de golfinhos comuns está a aumentar. Saudamos este entusiasta e enérgico cavaleiro de proa e de ondas!
O cachalote (Physeter macrocephalus) ocupa o 5º lugar, com um bom avistamento de 50% por dia no mar. Esta espécie emblemática foi mais discreta durante o mês de setembro, assim como os golfinhos de Risso e as baleias piloto, todos eles grandes consumidores de cefalópodes.
Finalmente, tivemos alguns avistamentos únicos, tais como falsas orcas, golfinhos riscados, baleias de bico, baleia de bryde e um cachalote-pigmeu.
O mês de setembro foi globalmente rico em espécies de cetáceos observadas com uma menção especial para consequente presença de baleias sardinheiras!
Equipa de Biólogos da Futurismo
azwhales
Sandrina Rodrigues
