Ajudando a entender como é que as alterações climáticas afetarão os cetáceos

Naqueles dias em que as notícias da pandemia dominam todos os nossos pensamentos, as alterações climáticas permanecem escondidas atrás da tela do vírus. No entanto, esta situação crítica tem nos mostrado o poder que os humanos têm de fazer a diferença quando realmente querem, ou, noutras palavras, quando realmente se importam. No entanto, as alterações climáticas são agora inegáveis e, durante anos, uma das principais preocupações dos cientistas. Terá (e já teve) um forte impacto em todos os aspetos da vida neste planeta, bem como no meio ambiente.

Trabalhamos com turismo; trabalhamos com o oceano. E é desta forma que pertencemos a um dos cinco setores da “Economia Azul”: “Turismo Costeiro e Marítimo”. Portanto, estamos empenhados em fazer um “uso sustentável dos recursos do oceano, preservando a saúde do ecossistema marinho”. No entanto, todos sabemos que as mudanças climáticas podem ter efeitos importantes sobre o oceano e sobre as atividades que praticamos no mesmo. Isto posto, um projeto europeu denominado SOCLIMPACT (https://soclimpact.net/) visa avaliar os efeitos das mudanças climáticas na Economia Azul. SOCLIMPACT trabalha em 12 ilhas diferentes do Atlântico e Mediterrâneo e com 24 parceiros científicos. Um dos estudos caso do projeto centra-se na avaliação dos efeitos nos cetáceos (encontre mais informações sobre os efeitos do clima nos cetáceos no nosso blog – https://whalewatchingazores.com/blog/2019/09/climate-changes/?lang=pt-pt) e, portanto, na atividade de observação de baleias. Este tema é o principal alvo do projeto de doutoramento de Andreia Sousa (https://sites.google.com/view/whales-climate/home), investigadora da Universidade de Lisboa. A Andreia irá trabalhar em conjunto com outros investigadores da Macaronésia para entender os potenciais impactos climáticos. Os investigadores têm de comparar a situação histórica e real com os diferentes cenários que representam as condições futuras. Assim, a Futurismo tem partilhado a sua base de dados de avistamentos de cetáceos para ajudar a compreender como o ambiente influencia (e irá influenciar) os cetáceos dos Açores; e, com sorte, entender como o clima moldará o futuro da observação de baleias na Macaronésia.

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